Guerreiro Ribeiro é o meu nome. Guerreiro e Ribeiro são as minhas famílias. O Guerreiro e o Ribeiro estão dentro de mim. Fazem parte de mim. São o que me compõe. São as partes do meu Eu.
O lado Guerreiro:
Para ele tudo é uma luta, tudo é uma batalha, tudo é perder ou ganhar. Se queres algo, então tens de lutar muito por isso! Tens de ser o melhor. Tens de ganhar. Tens de chegar primeiro. Tudo é difícil, por isso tens de lutar e lutar muito! E uma coisa é certa, o Guerreiro nunca desiste! É lutar até morrer! Assim, com muito suor, trabalho e espírito de luta, o Guerreiro chega onde quer. Sempre. Mas uma vez lá, descobre que há mais lutas pela frente, mais vitórias para conquistar. O Guerreiro não tem tempo para parar e admirar o que já atingiu. Há sempre mais a fazer. Há sempre outra batalha a vencer. Há sempre algo melhor.
O lado Ribeiro:
Este podia ser chamado o lado Zen. Tal como um ribeiro, em que a água brota da terra e simplesmente flui... Há obstáculos, sim. Mas o Ribeiro contorna-os. Faz um desvio maior se for preciso, e está tudo bem. O Ribeiro sabe que é capaz de ultrapassar todos os obstáculos. O Ribeiro sabe que vai chegar aonde e a quem precisa de chegar. Só tem de deixar fluir a corrente de água. Corrente essa que está dentro de si. Corrente essa que é ele próprio. No fundo, o Ribeiro só tem de Ser ele mesmo. Nenhum obstáculo é suficientemente grande para o impedir de chegar aonde e a quem a corrente deseja que chegue.
O Ribeiro também dá de si. Sacia a sede de quem cruza o seu caminho, mas nem por isso fica mais pequeno. Por mais que dê, continua sempre do mesmo tamanho. Por onde passa, a vida floresce e ganha mais cor.
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A minha vida tem sido uma constante discussão entre estas duas partes que me compõem. A mente identifica-se com o Guerreiro. A mente não gosta de incertezas, não gosta de não possuir controlo sobre todas as variáveis. A mente não consegue compreender o "deixar fluir" do Ribeiro. Mas o coração entende.
Olhando para o passado, compreendo que por vezes haja necessidade deste lado Guerreiro. Situações de "fundo do poço", por exemplo, onde estamos por nossa conta. Nessas alturas, é bom saber que ele está aqui.
Quando o Guerreiro exausto de todas as tentativas falhadas, perde as forças e cai; passa por lá o Ribeiro. Na verdade a água do Ribeiro sempre passou por ali. O Guerreiro é que, forçado a parar pela exaustão, só agora se apercebia dela. O Guerreiro ao ver a água, começa a beber dela. Primeiro com dificuldade, está cheio de dores, mas depois torna-se mais fácil. O Guerreiro sabia que estava com sede, mas só depois de começar a beber, se apercebeu verdadeiramente da necessidade que tinha desta água. A água permite-lhe recuperar as suas forças e uma vez sentindo-se fortalecido, o Guerreiro levanta-se e volta à luta.
Uma vez fora do "poço", o desafio é de Guerreiro, passar a ser mais Ribeiro.
Nem sempre precisamos de ser Guerreiro, mas é sempre necessário ser Ribeiro.
O lado Guerreiro:
Para ele tudo é uma luta, tudo é uma batalha, tudo é perder ou ganhar. Se queres algo, então tens de lutar muito por isso! Tens de ser o melhor. Tens de ganhar. Tens de chegar primeiro. Tudo é difícil, por isso tens de lutar e lutar muito! E uma coisa é certa, o Guerreiro nunca desiste! É lutar até morrer! Assim, com muito suor, trabalho e espírito de luta, o Guerreiro chega onde quer. Sempre. Mas uma vez lá, descobre que há mais lutas pela frente, mais vitórias para conquistar. O Guerreiro não tem tempo para parar e admirar o que já atingiu. Há sempre mais a fazer. Há sempre outra batalha a vencer. Há sempre algo melhor.
O lado Ribeiro:
Este podia ser chamado o lado Zen. Tal como um ribeiro, em que a água brota da terra e simplesmente flui... Há obstáculos, sim. Mas o Ribeiro contorna-os. Faz um desvio maior se for preciso, e está tudo bem. O Ribeiro sabe que é capaz de ultrapassar todos os obstáculos. O Ribeiro sabe que vai chegar aonde e a quem precisa de chegar. Só tem de deixar fluir a corrente de água. Corrente essa que está dentro de si. Corrente essa que é ele próprio. No fundo, o Ribeiro só tem de Ser ele mesmo. Nenhum obstáculo é suficientemente grande para o impedir de chegar aonde e a quem a corrente deseja que chegue.
O Ribeiro também dá de si. Sacia a sede de quem cruza o seu caminho, mas nem por isso fica mais pequeno. Por mais que dê, continua sempre do mesmo tamanho. Por onde passa, a vida floresce e ganha mais cor.
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A minha vida tem sido uma constante discussão entre estas duas partes que me compõem. A mente identifica-se com o Guerreiro. A mente não gosta de incertezas, não gosta de não possuir controlo sobre todas as variáveis. A mente não consegue compreender o "deixar fluir" do Ribeiro. Mas o coração entende.
Olhando para o passado, compreendo que por vezes haja necessidade deste lado Guerreiro. Situações de "fundo do poço", por exemplo, onde estamos por nossa conta. Nessas alturas, é bom saber que ele está aqui.
Quando o Guerreiro exausto de todas as tentativas falhadas, perde as forças e cai; passa por lá o Ribeiro. Na verdade a água do Ribeiro sempre passou por ali. O Guerreiro é que, forçado a parar pela exaustão, só agora se apercebia dela. O Guerreiro ao ver a água, começa a beber dela. Primeiro com dificuldade, está cheio de dores, mas depois torna-se mais fácil. O Guerreiro sabia que estava com sede, mas só depois de começar a beber, se apercebeu verdadeiramente da necessidade que tinha desta água. A água permite-lhe recuperar as suas forças e uma vez sentindo-se fortalecido, o Guerreiro levanta-se e volta à luta.
Uma vez fora do "poço", o desafio é de Guerreiro, passar a ser mais Ribeiro.
Nem sempre precisamos de ser Guerreiro, mas é sempre necessário ser Ribeiro.
Guerreiro & Ribeiro |
Um belo texto, uma incrível reflexão. Se tu sentes assim, que poderei acrescentar? :-)
ReplyDeleteEu que sou Ribeiro e também Correia, com mais de quarenta anos a viver c o Sousa, consigo entender-te.
Adorei ler-te e acompanhar o teu raciocínio. <3