Paz interior

Nós somos uns seres mesmo complicados, não somos?
Mas as coisas podem ser menos complexas se formos sempre sinceros connosco próprios.  Já não digo com as pessoas ao nosso redor, mas connosco é essencial. Se eu não mantiver uma boa relação comigo mesma, uma relação de 100% de honestidade e lealdade, com quem mais a poderei ter?

Introspecção

Que frustração! Tenho algo cá dentro, que não sei descrever, mas estou desejosa de mandar cá para fora! Fico a olhar para uma folha em branco, esperando que me saiam as palavras... Só que não saem! E por que insisto? Porque quero saber o que me faz sentir assim. O que me incomoda, ao certo?

Isto pode parecer estranho mas, muitas vezes, eu tento ignorar o que me incomoda: "é bobagem", "não tem importância". E acabo mesmo por meter isso, o que quer que seja, lá para trás, a um canto recôndito da minha mente. No entanto, talvez por o reprimir, acabo por ficar neste estado: inquieta, frustrada. E acumulam-se tantas coisas nesse canto, que saber exactamente o que me incomoda, se torna difícil. Então, tenho de passar tudo em revista, para finalmente arrumar as coisas no sítio certo ou eliminá-as de vez.

E por isso cá estou eu... Assim... Talvez não queira admitir o que é que me incomoda. Porque se o admitir, estarei a torná-lo mais real, ou antes, estarei a torná-lo real! Sim, acho que é isso mesmo...

Estou assim não por não saber o que me incomoda, mas por o saber, e não o querer admitir a mim mesma.

A Janela e o Romeu

Certo dia passo por um edifício antigo com umas janelas lindíssimas, que me fazem lembrar a história de Romeu e Julieta. Fico a imaginar ter uma janela assim na minha futura casa, e depois só faltaria o Romeu.

Alguns dias depois estamos a festejar com amigos quando me dizes ter algo a contar-me. Após muitas insistências de minha parte, acabas por declarar o teu amor por mim.

Nesse momento devo ter ficado, branca, vermelha, enfim... de todas as cores! Na minha mente imagens correm a toda a velocidade! Pequenos detalhes aos quais não prestei atenção tornam-se óbvios.

Achava ser tão impossível alguma vez apaixonares-te por mim que até os meus próprios sentimentos acerca de ti ignorei. Agora, estava não só a aperceber-me da tua paixão por mim, como também me estava a aperceber que também eu estava apaixonada por ti.

Não sabia o que te havia de dizer e acabei por ir embora para pensar melhor. Mais tarde apareces à minha porta, e da minha varanda de 1º andar observo-te implorar para que eu desça e fale contigo.

Nesse momento obtive os meus dois desejos... A janela e o Romeu.