Tuesday 10 January 2017

Para que serve a morte?

Deparando-me com a morte, dei por mim a pensar como será quando for a minha vez:
Como morrerei? Sofrerei? Quando morrerei? Quem virá ao meu funeral? Quem cuidará do que eu deixar? Quem ficar, será que vai sofrer ou saberá que eu estou bem? Como me sentirei, enquanto espírito, observando tudo isso?

Apercebi-me destes pensamentos porque a minha respiração, geralmente calma, estava acelerada. Como é que ficou assim? Há quanto tempo? Para onde a minha mente me levou?

Retomei o controle da minha própria mente. Parei o fluxo de pensamentos e respirei fundo...

Uma vez de volta a mim, surgiu um novo pensamento, como que em resposta a uma pergunta muda:
Não tenho que me preocupar com a morte, mas sim com a vida.

Nesse instante, os meus ombros relaxaram, a minha respiração aprofundou e voltou ao ritmo normal. Senti que me tinha libertado de um peso e deixei os pensamentos fluírem:

O Hoje é tudo o que existe. O Agora é tudo o que existe. O resto ou é passado, ou é um futuro imaginado. A vida é tudo o que existe e pede para ser vivida Agora.

Questionar-me sobre a morte não me levará a lado nenhum. Mas a Vida, sim:
Como é que eu escolho viver o Agora? O que escolho fazer com o meu Hoje? Como quero viver a minha Vida?

Por vezes (muitas vezes) esqueço-me disto, mas a morte vem relembrar-me.

O meu tempo é limitado. Como escolho vivê-lo é tudo o que importa. Há muita coisa que eu quero Viver e não há tempo a perder. Tem de ser já. Agora.

Now = Agora

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